Endocrinologista e pesquisadora da LIGA publica relato de caso em parceria com pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo

A endocrinologista e pesquisadora da Liga Contra o Câncer, Dra. Juliana Bezerra Mesquita, publica artigo em parceria com a Dra. Rosa Paula M. Biscolla, do Centro de Doenças da Tireoide e Laboratório de Endocrinologia Molecular e Translacional do Departamento de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, sobre relato de caso de carcinoma da tireoide originário de Struma Ovarii no periódico Endocrinology, Diabetes and Metabolism Case Reports.

O carcinoma da tireoide originário de Struma Ovarii (SO) é um câncer ectópico raro da tireoide que representa 0,01% de todas as malignidades ovarianas e está associado ao hipertireoidismo em menos de 15% dos casos.

O periódico Endocrinology, Diabetes and Metabolism Case Reports publica relatórios de casos sobre condições comuns e raras em todas as áreas de endocrinologia clínica, diabetes e metabolismo. Os artigos possuem pontos de aprendizagem que os leitores podem usar para informar a educação médica ou a prática clínica.

No artigo em questão, além de relatar o diagnóstico e o tratamento de um paciente com carcinoma tireoidiano originado em SO e hipertireoidismo, apresenta como pontos de aprendizagem o que Struma ovarii pode causar hipertireoidismo; o carcinoma da tireoide pode ter origem no Struma Ovarii; carcinoma diferenciado de tireoide e hipertireoidismo originado em Struma Ovarii são condições raras.

As autoras concluem que, além de apresentar um caso raro de carcinoma da tireoide originário de SO e doença de Graves concomitante com hipertireoidismo, que foi tratado com sucesso com cirurgia ovariana, tireoidectomia total e terapia com radioiodo (RIT), esperam chamar a atenção para a importância de avaliar a função da tireoide em pacientes com SO e considerar a coexistência da doença de Graves na estratégia de tratamento para controlar o hipertireoidismo. Além disso, o tratamento de pacientes de SO de alto risco com RIT após tireoidectomia total é essencial para atingir a remissão completa da doença.

Para ler o artigo na íntegra, acessar:

https://edm.bioscientifica.com/view/journals/edm/2024/4/EDM24-0082.xml