A evolução da cirurgia robótica é considerada uma grande inovação na medicina moderna, pois fornece cirurgias alternativas para múltiplos cenários. Embora alguns estudos a selecionem como mais demorada e cara do que a laparoscopia, ela pode fornecer recuperação mais rápida da função intestinal, menor tempo de internação hospitalar, melhora na perda sanguínea, taxas de complicações e infecção do local da ferida, quando comparada à laparotomia comum. No entanto, existem outras desvantagens técnicas, como amplitude de movimento limitada dos instrumentos e perda relacionada de destreza, pontas fixas dos instrumentos e um campo visual inadequado associado a uma visão instável da câmera e tração do assistente.
Atualmente, a abordagem laparoscópica é o tratamento padrão-ouro para câncer de cólon. No entanto, considerando as novas evidências sobre cirurgia robótica, deve-se garantir que ela continue sendo a estratégia que permite resultados mais seguros, favoráveis e custo-efetivos para os pacientes.
Com objetivo comparar os resultados apresentados na literatura cientifica sobre colectomias laparoscópicas com colectomias realizadas por cirurgia robótica em pacientes com câncer de cólon submetidos à cirurgia oncológica curativa, os pesquisadores Irami Araújo Filho, Kleyton Medeiros e Amália Rêgo, conduziram e orientaram os alunos do Programa de Iniciação Cientifica da LIGA no desenho e desenvolvimento do estudo.
O protocolo foi registrado no Prospective Register of Systematic Reviews (referência PROSPERO CRD42021295313) e publicado no Jornal BMJ Open, intitulado: “Incidence of colonic fistulas in patients with colon cancer submitted to robotic surgery versus laparoscopic colorectal surgery: a systematic review and meta-analysis protocol”.
Os resultados da revisão sistemática e meta-análise foram publicados na Revista Acta Cirúrgica Brasileira, vinculada a Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia. O artigo intitulado “Robotic surgery versus conventional laparoscopy in colon cancer patients: a systematic review and meta-analysis”, enfatiza que ambos os tipos de procedimentos possuem seus próprios benefícios, riscos e limitações.
“Os ensaios clínicos randomizados mostram que são quase iguais em termos de infecção pós-cirúrgica e hospitalização. Mais estudos, com amostras maiores de pacientes, são necessários para determinar se uma diferença estatística poderia ser encontrada entre eles. Além disso, considerando o risco natural de viés que esses tipos de ensaio determinam, amostras maiores e mais informações devem ser coletadas, e outros resultados devem ser contabilizados”, concluiu a equipe de pesquisadores.
Para acessar o artigo na íntegra: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39476069/
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