O câncer do colo do útero é um importante problema de saúde pública com impacto mundial, especialmente em países subdesenvolvidos, com altas taxas de incidência e mortalidade. Pacientes com câncer cervical têm uma taxa de sobrevida relativa em 5 anos de 91% quando o câncer é diagnosticado em estágios iniciais, caindo para 60% quando diagnosticado após metástases em tecidos, órgãos ou linfonodos regionais, próximos.
Os fatores prognósticos para o câncer cervical incluem raça, idade, estágio, grau, tipo histológico, volume do tumor, envolvimento de linfonodos, status de desempenho e tratamento recebido. No entanto, são necessários estudos sobre biomarcadores proteicos para o prognóstico do câncer do colo do útero que pode orientar o tratamento. Nesta linha, os indicadores imunológicos têm sido considerados importantes fatores prognósticos para o câncer cervical, atuando como reguladores imunológicos e tumorais.
Embora existam evidências biológicas, o impacto clínico da atividade pró-tumoral e vias de sinalização na sobrevida global do colo do útero de pacientes com câncer não foi esclarecido. Em busca de respostas, o cirurgião oncológico da Liga, Dr. George Lira, em parceria com uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Departamento de Radiologia, Centro Médico da Universidade de Leiden – Holanda, publicaram o estudo “Alta infiltração M2-TAM e via de sinalização STAT3/NF-κB como fator preditivo para progressão tumoral e morte em Câncer cervical”, no periódico Cancers, fator de impacto 4.5, qualificado como QUALIS A3, na área de medicina I.
Os achados encontrados mostraram que biomarcadores proteicos relacionados à interação de macrófagos associados a tumores e as células cancerígenas no microambiente tumoral têm um forte valor preditivo no câncer cervical. Portanto, esses resultados podem atuar como novos biomarcadores proteicos que contribuirão para novas linhas de tratamento oncológico.
Artigo na integra: https://www.mdpi.com/2072-6694/16/14/2496
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