Uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Liga Norte Riograndense Contra o Câncer e as prefeituras de Caicó e Jardim do Seridó está permitindo a realização de exames para identificação e prevenção de câncer colorretal hereditário na região do Seridó.
Entre os dias 31/07 e 02/08, uma equipe coordenada pela geneticista Tirzah Braz Petta Lajus, professora do Departamento de Biologia Celular e Genética, do Centro de Biociências, promoveu uma série de palestras, discussões e análises para identificar e esclarecer sobre o tema, dentro do 1º Encontro dos Pacientes com Polipose Colônica do Seridó.
Estão sendo realizados atendimentos para os pacientes do estudo com geneticista, oncologista, mastologista e oftalmologista. Serão realizados testes genéticos, mamografias e colonoscopia em pelo menos 150 participantes com histórico deste tipo de câncer na família.
Estão sendo realizados atendimentos para os pacientes do estudo com geneticista, oncologista, mastologista e oftalmologista. Serão realizados testes genéticos, mamografias e colonoscopia em pelo menos 150 participantes com histórico deste tipo de câncer na família.
Pesquisa
No ano passado, Tirzah Braz Petta Lajus foi coautora de um outro estudo publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, que confirmou a heterogeneidade molecular dos genes BRCA1 e BRCA2 no Brasil, genes esses que têm como função impedir o surgimento de tumores através de moléculas de DNA danificadas.
A nova pesquisa genética realizada no Seridó identificou uma mutação no gene Mutyh com a maior frequência já descrita no mundo, devido ao grande índice de casamentos consanguíneos. Já foram identificadas 12 famílias do Seridó portadores desta alteração genética.
Diante disso, ela iniciou um estudo genético-populacional de rastreamento de famílias classificadas como de alto risco para desenvolver câncer colorretal nesta região e o encontro com estes pacientes cumpre uma das etapas deste projeto.
Números
12 famílias do Seridó já foram identificadas com casos de câncer colorretal.
150 pessoas com histórico deste tipo de câncer devem fazer testes genéticos e exames.
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