Centro de Pesquisa Clínica da Liga publica no Annals Of Oncology.

A Dra. Andrea Juliana Gomes, pesquisadora e coordenadora médica do Centro de Pesquisa Clínica da Liga Contra o Câncer, acaba de publicar, em parceria com outros Centros de Pesquisa, os resultados do estudo clínico randomizado de fase III MAGNITUDE. O protocolo intitulado “Niraparib plus abiraterone acetate with prednisone in patients with metastatic castration-resistant prostate cancer and homologous recombination repair gene alterations: second interim analysis of the randomized phase III MAGNITUDE trial”, publicado no renomado periódico Annals of Oncology, qualificado como QUALIS A1 da CAPES.

O estudo aborda pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) bem como, mutações de BRCA, população de pior prognóstico. O MAGNITUDE demonstrou que pacientes com alterações do gene de reparo por recombinação homóloga (HRR+). Particularmente BRCA1/2, se beneficiam da terapia de primeira linha com Niraparibe mais Acetato de Abiraterona e Prednisona (AAP). O câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) é uma doença clinicamente heterogênea associada a alta mortalidade, apesar de, as recentes melhorias nas opções terapêuticas. De acordo com o estudo, até 30% dos pacientes com mCRPC apresentam alterações em genes associados ao reparo de danos no DNA. Além disso, incluindo genes de reparo de recombinação (HRR). De fato, tais danos estão associados com desfechos clínicos ruins e resistência precoce a drogas comumente terapias sistêmicas usadas.

“O referido estudo prioriza uma população portadora de uma doença geneticamente diferenciada e mais grave que precisa ser identificada e tratada de maneira particularizada. A combinação de Niraparibe e Abiraterona diminuiu notadamente o risco de morte por câncer, com uma tolerância aceitável e sem perda da qualidade de vida. A Liga foi o centro de pesquisa do Brasil que mais recrutou pacientes para este estudo, beneficiando pessoas cujas chances de morrer de câncer de próstata eram muito maiores”, relata Dra. Andrea Juliana Gomes, coordenadora de estudo do Centro de Pesquisa Clínica da Liga .

 

De fato, o estudo aprovado pelo Comitê de Ética, também obteve os requisitos regulatórios atendidos. Bem como, os princípios éticos delineados na Declaração de Helsinque e da Conferência Internacional sobre Harmonização e as Diretrizes para Boas Práticas Clínicas. Pacientes ou seus representantes legais forneceram seu consentimento informado por escrito para participar do estudo.

Para acessar o artigo completo, basta clicar no link abaixo:

https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00757-3/fulltext