Os pesquisadores doutores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Liga Contra o Câncer, respectivamente, Irami Araújo Filho, Edilmar de Moura Santos, Amália Rêgo, Kleyton Medeiros e estudantes de iniciação científica do Programa de Iniciação Científica da LIGA, publicaram artigo que visa esclarecer a associação entre as diferentes modalidades de cirurgia bariátrica e o risco de desenvolvimento de câncer em pacientes adultos com síndrome metabólica.
Intitulado “Obesity-related cancer and bariatric surgery: A comprehensive systematic review and meta-analysis protocol”, o estudo relata que a cirurgia bariátrica surge como uma estratégia para reduzir o risco de câncer na população obesa. No entanto, os dados da literatura ainda são conflitantes sobre como a cirurgia da obesidade pode impactar o desenvolvimento do câncer, uma vez que algumas evidências mostram redução do risco de câncer, enquanto outras mostram seu aumento.
O médico rádio-oncologista, Prof. Dr. Edilmar de Moura, ressalta um estudo realizado em Nova York com mais de 300.000 pacientes que mostrou que após a cirurgia de obesidade, os pacientes tiveram um risco menor de desenvolver cânceres específicos para mulheres – mama, ovário e endométrio.
Além disso, o cirurgião Prof. Dr. Irami Araújo Filho complementa que pacientes obesos são um grupo vulnerável ao câncer de esôfago, pois são quase três vezes mais propensos a ter Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) do que a população com peso normal O sobrepeso leva a consequências na anatomia e função esofágica: depuração esofágica prejudicada, maior incidência de hérnias de hiato e maior pressão intra-abdominal. Todas essas mudanças contribuem para o início e progressão da DRGE.
O artigo encontra-se indexado ao Pubmed.
Para lê-lo na íntegra: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39042663/
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